Texto: Romanos 4:1-8
SÉRIE ROMANOS - PARTE V
INTRODUÇÃO
Nos capítulos iniciais da carta aos Romanos, o apóstolo Paulo mostra a depravação humana e afirma que todos estão condenados e que não há ninguém que não tenha falhado. Os que não creem, os moralistas, os religiosos, todos carecem da graça de Deus.
Então ele começa a apresentar uma justiça que vem de Deus.
Justificação: é tornar ou declarar justo, reconhecer a inocência.
No Grego: tornar alguém reto, como no seu estado original.
Justificação, não é somente perdoar o acusado para lhe dar uma segunda chance.
Justificação é Deus nos perdoando e nos tratando como se nunca tivéssemos pecado.
Graça: Favor imerecido.
Para comprovar que a justificação se faz pela fé em Cristo Jesus e não pela lei ou pelas obras humanas, o apóstolo toma como exemplo o caso de Abraão.
A justificação pela fé é o único meio pelo qual Deus garante a salvação, tanto no Antigo como no Novo Testamento.
A justificação não é uma conquista humana, mas uma dádiva Divina; não resulta do mérito, é obra da graça.
A justificação não é o que recebemos por mérito próprio, mas o que recebemos pelos méritos de Cristo.
A salvação não é um troféu que ostentamos como prêmio do nosso mérito, mas um dom que recebemos apesar do nosso demérito.
1 - Abraão foi justificado pela fé, não pelas obras (Rm. 4:1-8).
O apóstolo Paulo toma o exemplo de Abraão para fazer um contraste entre a justificação pela fé e pelas obras.
A justificação pelas obras coloca a glória da salvação no homem e não em Deus.
A justificação pelas obras exalta o homem e dá a ele o direito de se gloriar por causa da sua própria salvação.
(Vs. 5) O trabalhador é digno do seu salário, mas o que não trabalha recebe o que não merece.
Quando você trabalha e recebe o seu holerite você vai até o empregador e diz: - Muito obrigado, você me fez um grande favor! (?)
Na “religião das obras”, Deus fica em dívida, ele fica obrigado a salvar.
Nunca peça para o Senhor te dar aquilo que você merece! Nós somos falhos, merecemos o inferno...
(I Coríntios 11:27 à Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.) A ceia é um dia de luta para grande parte da igreja, há um temor na pergunta, você é digno? Se disser que sim, não precisa do sangue, se disser que não, não deve participar.
Adjetivo à qualidade do sujeito.
Advérbio à qualidade da ação do verbo.
Se fosse adjetivo, seria indigno. Indignamente era a maneira como faziam, não a condição em que estavam. Ele escreve para os cristãos, não para a cidade.
Dia de ceia é o dia de lembrar que meu passado foi perdoado.
2 - Abraão foi justificado pela fé, não pela circuncisão (Rm. 4:9-12).
De acordo com a doutrina rabínica, Deus perdoa somente um indivíduo circuncidado no Juízo Final.
Em Romanos 4:10, Paulo mostra que Abraão foi justificado antes de ser circuncidado.
A circuncisão era apenas um sinal exterior em sua carne de que ele havia sido justificado pela fé.
A circuncisão constituiu, em essência, o símbolo exterior da aliança entre Deus e o povo de Israel.
Paulo insiste em que o elemento essencial não é a circuncisão física, mas a fé no Deus vivo.
3 - Abraão foi justificado pela fé, não pela lei (Rm. 4:13-17a).
Abraão não poderia ter sido justificado pela lei, porque esta só foi dada 430 anos depois do patriarca (Gl. 3:17).
Logo, Abraão não poderia ter sido justificado por uma lei que não conhecia nem havia sido dada ao povo ainda.
O Evangelho da graça e da fé, iguala todo mundo aos pés da cruz de Cristo (Rm. 3:29).
CONCLUSÃO
(Rm. 4:23-25). Olhando para a justiça de Abraão mediante a fé, podemos compreende o chão em que fomos plantados e do qual vivemos.
Examinar como Deus justificou a Abraão no passado é conhecer como Deus nos justifica hoje.
O modo pelo qual Deus justificou Abraão é o mesmo pelo qual Deus nos justifica.
Abraão é “nosso pai”, pai de todos nós, crentes de todos os tempos; sua fé é a nossa; o que dele se diz é válido ao nosso respeito.
Abraão creu no Deus que faz viver os mortos.
Pela graça sou justificado. Nossa justificação é de graça, mas custou um alto preço. A conta foi paga, o escrito de dívida foi rasgado na cruz (Colossenses 2: 13-14).
Pr. Altair M. Nunes Júnior