Texto: Romanos 3:1-7
SÉRIE ROMANOS - PARTE IV
INTRODUÇÃO
Em período de eleição, vemos pessoas perdendo amizade em muitas regiões, até mesmo irmãos; família se dividindo e até deixando de se relacionar por causa de opiniões divergentes, isso é um erro tremendo.
A política faz parte da vida em sociedade e, como não vivemos isolados, devemos ter consciência política, afinal, fomos chamados para sermos sal e luz nesse mundo.
É grande, profunda e crônica a decepção com os políticos.
Uma onda de descrédito com os políticos varre a nação.
A maioria dos políticos está envolvida em algum esquema de corrupção, de vantagens fáceis, de enriquecimento ilícito.
As campanhas milionárias já acenam o caminho da corrupção.
Diante deste quadro, muitos evangélicos ficam também desencantados com a política e cometem vários erros, como por exemplo:
“Política é pecado”. “Política é coisa do diabo”. “O cristão não deve participar de política”. “O cristão deve ser apolítico”. “Toda pessoa que se envolve com política é corrupta”. “Todo crente que se envolve com política acaba se corrompendo”. “A política é mundana e não serve para os crentes”. “Não adianta fazer coisa alguma; devemos pregar o evangelho e aguardar o retorno do Senhor”.
O Pastor Martin Luther King disse: “O que me preocupa não é o grito do mal, mas o silêncio dos bons.”
Outros erros são cometidos:
“Irmão sempre vota em irmão”. “Todo crente é um bom político”. “O púlpito transforma-se em palanque político”. “A igreja troca voto por favores”.
Homens de Deus exerceram o papel político em momentos críticos da história e foram divisores de água: José, Moisés, Josué, Gideão, Davi, Salomão, Josafá, Ester que mudou um decreto que mataria o povo de Israel, Ezequias, Josias, Daniel... Esses homens e mulheres exerceram o poder público com lisura, honradez e sabedoria.
TRANSIÇÃO
No texto que lemos, a palavra de Deus estabelece princípios claros acerca do papel do Estado e da responsabilidade dos cidadãos, a fim de que haja Ordem e Progresso na sociedade. Destacaremos, à luz do texto, três verdades importantes:
1 - A origem das Autoridades Constituídas (Rm. 13:1-2).
Paulo está afirmando que Deus instituiu o princípio do governo e da ordem.
Que a autoridade procede de Deus.
Deus instituiu a família, a igreja e o Estado para que haja ordem na terra e justiça entre os homens.
É óbvio que o apóstolo Paulo não está dizendo que Deus é o responsável moral pelos magistrados ditadores e corruptos que ascendem ao poder.
Nossa sujeição às autoridades não é submissão servil nem Bajulação ou adulação, mas submissão crítica e positiva.
A relação entre a Igreja e o Estado deve ser de respeito.
Deus não é Deus de confusão nem aprova a anarquia.
2 - A Natureza Divina das Autoridades (Rm. 13:3-5).
As autoridades constituídas não devem ser absolutistas, tiranas, autoritárias e nem déspotas, elas devem governar sob o governo de Deus.
A fonte de sua autoridade não emana delas mesmas nem mesmo do povo, emana de Deus através do povo.
Portanto, a autoridade é ministro (diákonos) de Deus, ou seja, é servo de Deus para servir ao povo.
Aqueles que recebem um mandato pelo voto popular não ascendem ao poder para se servirem do povo, mas para servirem ao povo.
Não chegam ao poder para se enriquecer, mas para se doar.
Não buscam seus interesses, mas os interesses do povo.
Esse princípio Divino mostra que o político que sobe ao poder pobre e desce dele endinheirado não merece nosso voto.
O político que usa seu mandato para roubar os cofres públicos e desviar os recursos que deveriam atender às necessidades do povo para se enriquecer ilicitamente deve ter nosso repúdio e não o nosso apoio.
O político que rouba ou deixa roubar, que se corrompe ou deixa a corrupção correr solta, que acusa os adversários, mas protege seus aliados, não deve ocupar essa posição de ministro de Deus, pois Deus abomina a injustiça e condena o roubo.
O propósito de Deus é o da honrosa “diaconia”, de servir ao povo em nome de Deus.
Portanto, devemos tomar muito cuidado ao escolher nossos representantes.
O povo de Deus precisa ter critérios claros na escolha de seus representantes (Dt. 17:14-20)
Pessoas apontadas por Deus e não pessoas estranhas.
Pessoas que não se dobrem diante da sedução do poder, dos prazeres e do dinheiro.
Vocês sabiam que existem 1.575 projetos de Lei que estão tramitando na câmera dos deputados que prejudicam a obra de Deus e a família?
04 deles estão ligados à proibição de se ministrar a Palavra de Deus na Rádio ou na TV.
O PL 4.293/2012 Deseja impedir que uma pessoa que não tenha um curso superior de Teologia ministre a Palavra, isso está errado, pois o Dom é Divino, não do diploma.
O PL 9.278/96 Se aprovado, será legalizado a união matrimonial de 3 ou mais pessoas.
Há dois projetos pela liberação da maconha, uso e descriminalização.
O PL 8.035/2010 Deseja inserir nas escolas, pelo Plano Nacional da Educação, a ideologia de gênero, consiste na ideia de que os seres humanos nascem iguais, sendo a definição do masculino e feminino, um erro.
O PL 5.002/2013 se aprovado, autoriza o SUS a realizar cirurgia de mudança de sexo em menores de 18 anos e também a mudança de nome, inclusive, sem consentimento dos pais.
Não adianta orar para Deus livrar os cristãos perseguidos em países comunistas e votar em candidatos comunistas.
Orar pela expansão do evangelho e votar em candidatos que querem fechar as igrejas.
Orar pela família e votar em candidatos que defendem a desconstrução da família.
Orar pelos filhos e votar em candidatos que apoiam a pedofilia, ideologia de gênero e o aborto.
Orar pela libertação dos drogados e votar em candidatos que defendem a liberação das drogas.
Não adianta orar como cristão e votar como ímpio.
3 - A Natureza Divina das Autoridades (Rm. 13:3-5).
Deus instituiu as autoridades com dois propósitos claros: a promoção do bem e a proibição do mal.
O governo é ministro de Deus não só para fazer o bem, mas, também, para exercer o juízo de Deus sobre os transgressores.
Portanto, devemos sujeitar-nos às autoridades, não por medo de punição, mas, por dever de consciência.
Cabe a nós, como cidadãos, orar pelas autoridades, honrá-las e respeitá-las.
Quando, porém, as autoridades invertem essa ordem e passam a promover o mal e a proibir o bem, chamando luz de trevas e trevas de luz, cabe a nós, cristãos, alertar as autoridades a voltarem à sua vocação.
Se essas autoridades, porém, quiserem nos impor leis injustas, forçando-nos a negar a nossa fé, cabe-nos agir como os apóstolos: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).
CONCLUSÃO
Precisamos orar para que a igreja consiga ser Sal da terra e Luz do mundo, sem praticar a promiscuidade de vender seus púlpitos para interesses políticos e sem trabalhar na direção de uma omissão e de um distanciamento, onde as coisas estão ruins e não fazemos absolutamente nada.
Que Deus nos abençoe e direcione no próximo dia 07 e até a volta de Cristo, Seu Filho!
Pr. Altair M. Nunes Júnior
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